Octō


Fazia um calor muito forte, deitado de bruços na minha cama, sem roupa alguma, procurava relaxar, como se isso fosse possível. Foi então que senti alguém massageando os meus pés, aquilo estava tão bom, então ele começou a alisar as minhas panturilhas, a parte de trás dos joelhos, coxas, até chegar na minha bunda.
Senti aquelas mãos fortes pegando na minha bunda e massageando como se fosse massa de pão. Com carícias e sem parar a massagem ele abriu bem o meu rabo e começou a passar a língua, primeiro devagar, quase timidamente e foi aumentando a intensidade, aquela boca literalmente ‘comia’ a minha bunda, ele esfregava a língua, passava o queixo, dava para sentir a barba por fazer e as duas mãos às vezes abriam bem o meu rabo outras prensavam as duas partes dele contra o seu rosto.
Então ele foi subindo com a língua pelo meio das minhas costas até chegar a nuca onde deu uma mordida com toda força...
Aquilo estava tão bom, tão relaxante. Então comecei a sentir seu pau querendo me penetrar, a essa altura eu já estava completamente relaxado. Seu pau ia entrando devagar e eu ajudava empinando o rabo para cima, bem passivo, bem puto...
A boca da nuca passou para os meus cabelos, ele dava mordidas tão fortes que dava a impressão que iria arrancá-los. Sentia seu pau pulsando dentro de mim, enquanto ele lambia a minha orelha, sua língua era macia e molhada. Comecei a acariciar seus cabelos, virei a cabeça para o lado e o beijei... Nos beijamos com tanto tesão, tão intensamente.
- Senti sua falta Miguel.
Eu não podia acreditar, demorei infinitos segundos para processar aquela voz na minha cabeça, então abri os olhos e para minha surpresa ele estava ali...
- O que você faz aqui ? Me solta, eu não quero mais saber de você!
Tentei me desvencilhar dele, mas a essa altura ele já estava me abraçando por trás de uma forma tal que eu não conseguia me soltar.
- Senti tanto a sua falta!
- Você me abandonou, esqueceu? Quer me soltar!
- Não, eu quero você!
- Me solta agora!
- Não !
Então ele me agarrou com mais força e começou a meter mais rápido.
- Do jeito que você gosta, ou pensou que eu tivesse esquecido?
Ele me abraçou com tanta força que eu não conseguia me mover, quase não respira direito e me fodia tão selvagemente que começou a me machucar. Por algum momento eu até sentia um pouco de prazer, tentava relaxar para não ser violentado, mas ele não parava nunca e cada vez mais metia com mais força.
- É bom fazer isso nos outros não é? Não sente prazer agora seu puto ? Seu puto assassino! Você acha que ninguém vvai descobrir seus crimes ?
- O que você quer de volta? Eu estava muito bem sem você!
Ele ria alto e forte e gritava cada mais enquanto me comia cada vez com mais e mais força.
- Mentiroso! Assassino! Seu puto aidético!
- Para! Para!
Não aguentava mais, comecei a entrar em desespero e perder o controle. Fui ficando cada vez mais nervoso, então comecei a chorar. Não entendia direito se as lágrimas eram de dor, desespero, tristeza...
- Para! Para! Puxei ele com todas as minhas forças e berrei bem alto:
- PARA POR FAVOR!!!
§

Acordei de súbito. Estava molhado de suor, as luzes do quarto todas acessas, a janela aberta, a cortina nem se mexia. Precisava beber algo.
Sentei na cama e pisei em cima de uma garrafa de wisky vazia que estava no chão, só então me dei conta da bagunça que estava meu quarto: a cama toda desarrumada,copos sujos com bitucas de cigarros dentro, roupas espalhadas... Passei uma água no rosto e molhei os cabelos para ver se passava aquela tontura, ainda não conseguia raciocinar direito.
Acendi um cigarro e fui até a cozinha, que não estava muito melhor do que o quarto, peguei um copo d’água gelada e fui fumar na área de serviço.
Estava aliviado por aquilo tudo ter passado de um sonho. Um pesadelo melhor dizendo. Por incrível que pareça a idéia de vê-lo novamente não em agradou muito. Claro que quero reencontrá-lo novamente mas ao mesmo tempo tenho medo de sofrer novamente outra perda. Não sei se suportaria tudo novamente. Aliás fico me questionando se realmente será isso que eu quero. Tantas coisas aconteceram nesses últimos seis meses...
Terminei meu cigarro, tomei um banho gelado, dois comprimidos para dormir e fiquei ali pelado, deitado na cama , no meio daquele caos que eu chamo de quarto olhando o ventilador de teto girar e esperando os comprimidos fazerem efeito para quem sabe eu dormir mais um pouco.
Plagiando Hamlet: “dormir...dormir” -  mas sem sonhar.

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