Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

Querer (Pablo Neruda)

I

PRIMEIRA PARTE



A noite estava agradavelmente calma, perfeita para uma caminhada. Dava para sentir uma leve brisa tocar o rosto, os únicos sons que se ouviam eram da minha respiração e dos meus passos nas folhas. Vultos surgiam e desapareciam com a mesma facilidade por detrás das árvores, comecei a ficar ansioso, minha respiração começou a ficar acelerada, resolvi tirar a camisa, me encostar em uma árvore e deixar que o destino escolhesse ao acaso. Não demorou muito e senti alguém passando a mão na minha barriga, descendo, acariciando meus pêlos, logo meu pau já estava duro e sendo engolido por um desconhecido, melhor assim, prefiro não saber quem é, chega de envolvimentos... fiquei calado enquanto o desconhecido se deliciava, chupando deliciosamente meu pau que latejava de tesão, passei a mão pelos seus cabelos ajudando no vai e vem, fiquei assim um bom tempo, sentindo a cabeça do meu pau encostar na sua garganta , com uma das mãos segurava sua cabeça, a outra já estava preparada, e quando ele começou a lamber meu saco, a passar a língua pela minha virilha um objeto pontiagudo penetrou sua nuca, seco e direto, não ouve barulho algum, continuei segurando seus cabelos por um tempo e depois deixei ele cair suavemente encostado na árvore. Tirei um pequeno objeto do meu bolso e coloquei embaixo da sua língua.

A noite ainda estava agradavelmente calma e uma leve brisa passou pelo meu rosto. Vultos surgiam e desapareciam do meio das árvores e um deles estava totalmente  imóvel, encostado numa delas. Continuei a minha caminhada pelo meio das árvores onde agora alguns casais iam se formando na penumbra, enrolei o objeto pontiagudo na minha camiseta, minha respiração começou a ficar mais calma. Caminhei uns duzentos metros e entrei no meu carro, fui para casa ao som de uma música argentina, que não faço a menor idéia de quem seja o cantor, escutei ela umas três vezes até chegar em casa. Tomei um banho frio e com o corpo ainda molhado fui até a cozinha preparar algo para beber, desenrolei o picador de gelo da minha camisa e preparei uma generosa dose de vodca. Fiquei ali bebendo, nu, olhando a madrugada da minha janela .

II




Acordei com o despertador, eram 6 da manhã. Fui para a geladeira e tomei dois copos de água bem gelada. Passei uma água no rosto, coloquei um tênis e comecei a correr na esteira, depois alguns exercícios, banho e meu café da manhã. O dia iria ser cansativo, precisava estar preparado: reunião, visitas às obras e a noite jantar com meu pai. Para minha grata surpresa tudo correu dentro do planejado.
Tentei dormir mas não conseguia, milhares de coisas passavam pela minha cabeça, um pensamento puxava o outro e comecei a ficar com o corpo cansado de ficar na cama, resolvi sair para comprar cigarro. Fui caminhando umas três quadras, as ruas estavam vazias, tranqüilas e resolvi cortar caminho pelo meio de uma praça... na verdade minha intenção era outra,a praça em si era um conhecido ponto de drogas e pegação da cidade e aquela hora da madrugada ainda tinha um certo movimento por lá. Olhares vinham na minha direção e eu retribuía aos que me agradavam, fui andando até passar por uma parte da praça meio escura onde havia um chafariz desativado, sentado nele estavam dois caras e ajoelhado no chão um terceiro que chupava freneticamente um e depois o outro e assim sucessivamente, fiquei observando meio de longe. Engraçado como meu lado voyeur me excita as vezes, mas não muito, chega uma hora que tenho que participar de alguma forma, foi quando ouvi gemidos um pouco mais alto vindo do trio do chafariz, um deles tinha acabado de gozar na boca do guloso mocinho que continuava ajoelhado, agora somente com um pau na sua frente. Era a deixa que eu precisava, fui me aproximando e com a mão dentro da bermuda sentei do lado deles e fiquei observando. O rapaz devia ter no máximo uns 23 anos enquanto o que recebia a chupada era bem mais velho, não demorou muito e recebi um convite para ser chupado, quando ele me olhou, mesmo na pouca luz que havia no local, deu pra perceber que ele tinha um piercing no nariz, desses que parecem uma argola, comecei a ficar excitado e dei uma rápida olhada ao redor para ver se tinha alguém nos observando,mas não vi ninguém, então ele começou a me chupar. Sua chupada era molhada e a língua corria rápido por todos os lados, difícil imaginar onde ele iria passar ela, realmente ele sabia o que estava fazendo, enquanto ele me chupava sua mão acariciava o pau do outro cara. Foi então que aconteceu, um frio começou a subir pelo meio do meu peito e minha respiração começou a ficar mais acelerada, coloquei ele para chupar o outro cara, abaixei as suas calças e comecei a penetrá-lo. Incrível como ele não demonstrou a menor resistência, muito pelo contrário, enquanto uma das mãos batia uma punheta no pau que era chupado, com a outra ele abria a bunda pra receber o meu. Segurei firme na sua cintura e comecei a meter cada vez com mais força, o cara que estava levando a chupada, talvez por estar ali há mais tempo não conseguiu segurar e gozou, novamente nosso jovem rapaz recebeu um jato de porra na sua boca, dava pra sentir ele engolindo com tamanha vontade enquanto eu continuava por trás metendo sem parar. Após ter gozado nosso terceiro participante se retirou e ficamos somente os dois, continuei no movimento de vai e vem e agora dava pra escutar claramente os gemidos dele. Com uma das mãos segurei firme a sua cintura e com a outra peguei no seu cabelo, comecei a abaixar sua cabeça até ele encostar o rosto no murro do chafariz e então bati ela com força, sem parar, até ele parar de gemer. Comi ele mais um pouco e larguei seu corpo ali mesmo, onde minutos atrás ele gemia de prazer. Antes de ir embora deixei uma pequena lembrança na sua boca ainda quente.

 Enterrei o boné na cabeça e tomei outro caminho até em casa. Passei num bar pra comprar cigarros. Quando cheguei tomei um banho bem demorado, me ensaboei bastante e me masturbei. O gozo me fez lembrar alguém do passado. Procurei esquecer enfiando a cabeça embaixo do chuveiro, me enrolei na toalha e fui até a cozinha onde preparei meu drink preferido: Bellini. Depois fui até a varanda sentir a brisa fresca da madrugada. Bebida e cigarro, companheiros perfeitos na madrugada de uma cidade grande. Na minha cabeça ainda ouvia os gemidos de prazer que o garoto com o piercing no nariz fazia enquanto eu comia seu rabo. 
Preciso lembrar de comprar mais vodca.