IV




Uma forte chuva começou a cair naquela tarde e corri para me abrigar ou então ficaria completamente encharcado. Parei embaixo de uma marquise e em pouco tempo outras pessoas faziam o mesmo, fiquei ali esperando quando senti alguma coisa roçar no meu braço, olhei para o lado e vi um cara dos seus 32 anos, branco,alto, careca, barba por fazer. Trocamos olhares cúmplices e aos poucos meu braço também ia de encontro ao dele. Pude perceber que ele segurava uma sacola e ao mesmo tempo acariciava seu pau por cima da calça jeans colada e molhada da água da chuva. Senti meu pau babar dentro da cueca. Conforme a chuva ia aumentando nossos braços se esfregavam cada vez mais. Com um aceno de cabeça ele me conduziu para uma rua lateral e entramos por uma porta de madeira e ferro onde puder ver rapidamente uma plaquinha escrito hotel. Era um desses hoteizinhos vagabundos do centro da cidade que funcionam mais como ponto de prostituição a noite. Ele olhou pra mim e perguntou se eu estava afim, afirmei com a cabeça e peguei vinte  reais da carteira para pagar o quarto, o recepcionista nos entregou a chave sem tirar os olhos de uma revista que estava lendo, subimos uma escadinha de madeira e entramos no quarto ‘3’ . Começamos a nos esfregar e dava pra sentir seu pau latejando, ele abriu minha calça e começou a me chupar ali mesmo encostado na porta do quarto, chupava com vontade, engolindo todo o meu pau, tiramos aquela roupa molhada e coloquei ele apoiado numa velha cômoda que tinha ao lado da cama, comecei a lamber seu rabo, era branquinho e peludo e ele gemia cada vez que eu passava a língua, parecia gostar pois cada vez mais ele abria a bunda e esfregava ela na minha cara. Sem dizer uma palavra ele deitou na cama e ergueu as pernas se oferecendo passivamente para mim, dei uma cuspida e comecei a enfiar bem devagarinho... seu rabo era apertado e quente e ele gemia gostoso; fiquei penetrando ele naquela posição por um bom tempo e admirando aquele rosto másculo, a barba por fazer, ainda molhado da chuva...seus gemidos entravam nos meus ouvidos e aquilo ia me excitando cada vez mais. Foi quando no lugar daquele rosto desconhecido começaram a surgir traços familiares. Flashes do passado começaram a vir na minha cabeça, aqueles gemidos, olhos fechados e um leve sorrisinho de canto de boca por um momento me fizeram lembrar de alguém. Uma súbita alegria passou pelo meu corpo, esfregava  meu rosto pela sua canela peluda e dava beijos e sentia seu cheiro. Isso tudo durou alguns segundos. Quando olhei novamente aquele rosto tinha voltado a ser completamente desconhecido. Não queria mais ficar olhando para ele e coloquei um travesseiro em cima do seu rosto. Comecei a penetrá-lo com mais força e seus gemidos aumentavam a cada enfiada até que pararam de repente, mas eu continuei, não conseguia parar.
                                                                      §
O barulho de um relâmpago estremeceu o quarto, coloquei com dificuldade minha calça molhada, enfiei a mão no bolso e arranquei uma conta do terço de prata, coloquei delicadamente  na sua boca, peguei a sacola que ele trazia e coloquei dentro sua carteira, chaves, roupas...Tranquei a porta e sai sem entregar a chave do quarto na portaria. Fui caminhando pela rua, entre os carros, embaixo de chuva. Andei muito, muito mesmo. Encontrei uma lixeira nos fundos de uma padaria e coloquei ali as chaves do quarto ‘3’, a sacola e tudo que tinha dentro dela embaixo de sacos de lixo. Comecei a correr sem saber ao certo para que direção estava indo. 
Exausto e debaixo de toda aquela chuva que caía naquela tarde sentei num banco no meio da rua e chorei.

2 comentários:

Unknown disse...

e a chuva continuará, vamos ver os próximos seres que se envolverão nesta trama de volúpia

anjo disse...

olá!


copiar o quê???